Passeata na Av. Anchieta, em São José dos Campos |
No dia 06 de março, houve um
grande protesto em frente Delegacia da Mulher, na avenida Anchieta, em São José dos Campos.
Com o
objetivo de cobrar das autoridades competentes investigação sobre as denuncias
de estrupos e violência sofridas por mulheres durante a desocupação do Pinheirinho.
São diversos os relatos de abusos sexuais, e de violência contra as
mulheres. As denúncias já foram apresentadas no Ministério Público do Estado de São Paulo e encaminhadas para o Senado para que
se iniciem as investigações.
Mas como tod@s nós sabemos não há grande interesse
para que estas denúncias sejam investigadas e é exatamente por isso que não
podemos ficar caladas esperando que algum milagre aconteça.
Passeata na Av. Anchieta, em São José dos Campos |
Durante
todo o ato houve panfletagem e
protestos. A passeata organizada pelo grupo de mulheres da cidade de São José
dos Campos, reuniu varias lideranças partidárias, militantes e simpatizantes
das causas feministas além de varias ex-moradoras do Pinheirinho que estiveram
presentes nesta manifestação.
Entre os que marcaram presença estavam a vereadora Amélia Naomi, Antônio Donizete Ferreira, o Toninho, Rosa Miranda do diretório
municipal do PT e do Coletivo Garantia de Luta de SJC, Patrícia Fornitani e Ana Carolina Costa, também do Coletivo Garantia de Luta, além de vários
representantes de sindicatos.
Concentração em frente da Delegacia da Mulher de SJ |
A falta
de sensibilidade da juiza Márcia Loureiro, que ao invés de defender os
interesses sociais das mulheres, principalmente no caso do Pinheirinho,
escolheu defender os interesses dos capitalistas, dos grandes empresários, foi
um dos temas do protesto.
Ela é somente uma entre milhares
de mulheres que ocupam cargos de liderança, mas que ao chegarem aos altos
postos, deixam de lutar pela causa, não só feminista, mas social em geral.
Estas
mulheres merecem respeito, pois são trabalhadoras, que em sua maioria sustentam
o seu lar e que neste momento estão sem moradia. Elas, juntamente com os seus
companheiros, também estão sem documentos e empregos.
Elas estão agora na espera de uma casa pelo Programa Habitacional municipal, juntamente com outras mais 26 mil pessoas, que estão na fila de espera.
Essa é a maior prova que essa prefeitura dá mais prioridade à grande
especulação imobiliária do que o bem estar dos seus munícipes!Concentração em frente da Delegacia da Mulher em SJC |
Protesto em frente da Delegacia da Mulher de SJC |
Outro
ponto da manifestação é a falta de creches na cidade que dificultam ainda mais
o trabalho das mulheres.
As creches não são suficientes para atender todas as crianças que estão na fila de espera, e como não existe uma política de
parcerias com as empresas que recebe insenção fiscal para que eles construam e
mantenham uma creche na cidade, a fila continua crescendo e as crianças ficam
privadas de ter um lugar seguro para ficar enquanto seus pais trabalham.
Protesto em frente da Delegacia da Mulher em SJC |
Como tod@s nós já sabemos o dia 8 de março não é uma data para se comemorar, mas sim
de continuidade de luta, para relembrar a sociedade que apesar de termos
conquistado muitas coisas, há ainda muitas lutas pela frente.
Ana Carolina da Costa, da Secretaria Municipal da Juventude do PT e do Coletivo Garantia de Luta de SJC. |
Não podemos nos calar!
Ninguém
pode nos impedir de protestar!
Basta de violência de qualquer tipo contra a
mulher!
Bonecas que representam as mulheres mortas vítimas da violência doméstica. |
Rosa Miranda, membro da Executiva do PT de SJC e do Coletivo Garantia de Luta |
Patrícia Fornitani, da Secretaria Municipal de Combate ao Racismo e do Coletivo Garantia de Luta. |
Panfletagem em frente da Delegacia da Mulher de SJC |
Rosa Miranda e Ana Carolina da Costa, Coletivo Garantia de Luta |
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